sábado, 16 de fevereiro de 2013

Fabi, e as novidades?

É mais do que normal esperar novidades de quem foi viajar para o exterior e está passando por novas experiências. Por isso, sempre que falo com alguém do Brasil a pessoa me pede para contar todas as novidades, e eu não esperaria outra coisa.

O que as pessoas não sabem é o quanto é difícil para mim contar as coisas pelas quais eu passei numa ordem cronológica. Talvez tenha relação com o fato de que eu nunca consegui fazer um diário na minha vida, mesmo quando eu estava na idade de ter um. Consegui escrever poucas vezes sobre as coisas que aconteceram comigo, e sempre me surpreendo ao relê-las, pois se eu não as tivesse escrito, eu não teria nem uma lembrança daquelas coisas.

Eu sou do tipo de pessoa que não lembra o que comeu no almoço e sempre acha que o que aconteceu ontem, na verdade ocorreu à pelo menos uma semana atrás. Invejo aquelas pessoas que vivem contando histórias da infância, pois eu me lembro de bem poucas e geralmente as mais marcantes, e nem sempre boas lembranças.

Dizem que quando você envelhece você volta a lembrar as coisas da sua infância, veremos. A explicação científica é que evolutivamente fomos selecionados para lembrar apenas das coisas importantes para a sobrevivência. E é essa desculpa que eu uso quando me perguntam sobre alguma matéria ou algo que eu deveria saber. Também posso culpar o grande fluxo de informações que recebemos por dia por causa da internet e etc, mas é tudo desculpa!

O fato é que não aconteceram muitas coisas diferentes e por enquanto tudo me parece sem graça ou importância. Continuo na espera pelo Ariel, e isso é algo que além de consumir todas as minhas energias também faz tudo parecer um grande desperdício de tempo.

Planejamos vir para cá juntos e conhecer e fazer muitas coisas legais, juntos! Como o "juntos" ainda não está presente no que faço aqui todos os dias, para mim tudo parece um grande borrão de rotina.

Enquanto isso fico na espera e todos que me perguntam o que eu estou fazendo de bom vão ouvir: "o mesmo de sempre: aula, trabalho de casa e só!" ou "nada de bom!" e acreditem, é a mais pura verdade.

Só posso afirmar que preferia "ter ido pra guerra do que ficar em casa esperando meu marido voltar".

Tenho plena consciência de que eu poderia viver bem sem ele. Me viro bem sozinha, consigo me divertir sem precisar de muitas coisas: um bom livro, uma boa música, um bom filme, escrever; ou seja coisas que não precisam de mais do que apenas eu mesma.

Mas quem já teve um amor verdadeiro sabe como é diferente estar com a pessoa que se ama. É difícil explicar, mas poderia dizer que se trata de uma sensação de plenitude de corpo, mente e alma. As coisa tem outras cores, outros perfumes, outras alegrias.  É provavelmente o mais perto que se pode ter de um nirvana.

E é por isso que espero ansiosamente a chegada dele, não por que não sei viver sem ele, mas porque sei como é viver com ele.

Por enquanto peço desculpas pela falta de novidades, mas saibam que eu sofro muito por não poder dizer a quem se preocupa comigo de verdade que estou ótima e aproveitando horrores a benção que eu recebi.

Prometo que os próximos posts serão mais alegres!

Saudades de todos!